O prefeito cassado de Campinas, Hélio de Oliveira
Santos (PDT), vai ser investigado pelo Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O primeiro caso que deverá ter o
pedetista como alvo é o do suposto esquema de compra de votos dos
vereadores, revelado pelo ex-presidente da Câmara de Campinas Aurélio
Cláudio (PDT) em uma conversa com o advogado Ricardo Marreti. O conteúdo
foi gravado e está desde a última semana com a Promotoria para análise.
Às 5h28 da madrugada do dia 20 o Hélio de Oliveira
Santos (PDT) teve seu mandato cassado por meio de um decreto legislativo
da Câmara de Vereadores de Campinas. Desde a abertura da sessão de
julgamento, foram 44 horas e meia até a decisão que afasta o prefeito de
seus cargos. Dos 33 vereadores, 32 foram favoráveis a cassação e
apenas o vereador Sérgio Benassi (PCdoB) votou contrário.
O vice-prefeito, Demétrio Vilagra (PT), deverá
assumir o cargo sob fogo cruzado. Ele também é alvo de investigação do
Mínistério Público por suposto recebimento de propina. Em maio, enquanto
estava de férias na Espanha, foi expedido um mandado de prisão contra
Vilagra e ele foi considerado “foragido”. Ele justificou os R$ 60 mil
apreendidos em sua residência da seguinte forma: "Em 1983, por
conseqüência da perseguição política da qual fui vítima, tive minha
conta bancária congelada, situação que perdurou por anos. Desde então,
passei a guardar dinheiro em casa, o que é permitido pela lei, assim
como outros tantos brasileiros também fazem, o que é fato público."
Fatos novos
Segundo os promotores, diante de qualquer fato novo e de indícios de que Hélio tenha participação de irregularidades, tanto no Caso Sanasa quanto em outros setores dentro da Prefeitura, ele será responsabilizado diretamente pela Justiça local e ficará sujeito a qualquer tipo de investigação. Hélio também deverá ser chamado a prestar esclarecimentos no Ministério Público (MP) sobre essa denúncia nas próximas semanas.
Segundo os promotores, diante de qualquer fato novo e de indícios de que Hélio tenha participação de irregularidades, tanto no Caso Sanasa quanto em outros setores dentro da Prefeitura, ele será responsabilizado diretamente pela Justiça local e ficará sujeito a qualquer tipo de investigação. Hélio também deverá ser chamado a prestar esclarecimentos no Ministério Público (MP) sobre essa denúncia nas próximas semanas.
Na gravação que resultou em uma denúncia de suposta
compra de votos, o vereador Aurélio dá um panorama de como funcionaria o
esquema entre os parlamentares e o prefeito. No bate-papo com Marreti,
assim que Aurélio entra na sala do advogado, a conversa tem início com
uma citação a Hélio. Marreti pergunta se o vereador “fechou a conta com o
prefeito”. Na resposta, o vereador diz que “está difícil”.
Defesa
A divulgação do conteúdo da gravação pela imprensa
foi usada pela defesa de Hélio para tentar barrar a sessão que cassou o
mandato do prefeito na madrugada do último sábado. Segundo o advogado
Alberto Luís Mendonça Rollo, o voto dos vereadores não teria mais
credibilidade diante das acusações de que receberiam dinheiro para
manter o pedetista no Palácio dos Jequitibás. Aurélio pediu desculpas
aos vereadores e ao prefeito e, durante a votação, afirmou que seu ato
não teria qualquer influência sobre a decisão final dos parlamentares.
Baseado no Decreto-Lei nº 201,
o relatório final da CP apresentado no dia 16, aponta omissão do
prefeito em relação às infrações político-administrativas e atos de
corrupção praticados por integrantes do primeiro escalão da
administração na Sanasa; irresponsabilidade legal e política de Santos
na defesa de bens no caso de parcelamento de solo; e comportamento
incompatível com a dignidade e decoro de seu cargo ao ignorar tráfico de
influência na liberação de alvarás para instalação de antenas de
celulares.
Fonte: http://www.expressodanoticia.com.br/index.php?pagid=QGBjvml&id=46&tipo=UE22W&esq=QGBjvml&id_mat=10598
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