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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ex-presidente Chirac é condenado por desvio de fundos na França


Caso de empregos fantasmas ocorreu quando ele era prefeito de Paris.
Aos 79 anos, ele negou ter cometido faltas 'legais ou morais'.

O ex-presidente francês Jacques Chirac foi condenado nesta quinta-feira (15) a dois anos de prisão, com suspensão condicional da pena, por conta de um caso de empregos fantasmas quando era prefeito de Paris nos anos 1990.
Chirac, de 79 anos, não assistiu à leitura do histórico veredicto. Ele já não havia acompanhado o julgamento, pois um boletim médico determinou que ele sofre de problemas neurológicos "severos e irreversíveis".
O ex-presidente francês Jacques Chirac em solenidade em Paris em 24 de novembro de 2011 (Foto: Reuters)
Chirac foi declarado culpado por "desvio de fundos públicos", "abuso de confiança" e "aquisição ilícita de bens".Os 28 empregos supostamente fictícios existiram entre 1990 e 95, quando Chirac era prefeito, presidente do partido RPR e se preparava para concorrer às eleições presidenciais de maio de 1995.Ele era suspeito de ter colocado dinheiro público da prefeitura parisiense a serviço de suas ambições eleitorais.

Chirac sempre negou as acusações e disse não ter cometido "nenhuma falta penal ou moral", em uma declaração lida por seus advogados diante do tribunal.A sentença vai ser colocada na ficha criminal de Chirac, mas não significa que ele terá de cumprir a pena. Por ser réu primário, ele deve responder em liberdade.A promotoria havia solicitado a liberdade do ex-presidente e dos outros nove acusados no caso, dos quais apenas dois foram absolvidos, o ex-diretor de gabinete Michel Roussin e Pierre Boué.Os demais acusados foram considerados culpados, com penas de entre dois e quatro meses de prisão, também com suspensão condicional. Apenas o ex-secretário-geral do sindicato FO, Marc Blondel, foi dispensado de pena.
C
hirac corria o risco de ser condenado a até 10 anos de prisão e a pagar uma multa de 150 mil euros.O tribunal correcional de Paris declarou ainda inadmissível a demanda da associação anticorrupção Anticor, que pedia indenizações por danos e prejuízos.
"Vossa responsabilidade moral e política é imensa", afirmou durante o julgamento um dos advogados de Chirac, Georges Kiejman.
"Vossa decisão será a última imagem que ficará de Jacques Chirac", completou, ao pedir a absolvição.
O caso tinha duas partes distintas, uma em Paris sobre 21 empregos e outra em Nanterre (nas proximidades da capital), sobre outros sete empregos fantasmas.O julgamento também não teve a presença de muitas testemunhas previstas inicialmente, incluindo o atual ministro das Relações Exteriores, Alain Juppé.O ex-premiê durante a presidência de Chirac foi condenado em 2004 a 14 meses de prisão com sursis e a um ano de inelegibilidade pelo mesmo caso, na qualidade de ex-auxiliar de Jacques Chirac na prefeitura de Paris.Os advogados de defesa negaram a existência de um sistema organizado de corrupção e tentaram demonstrar que os empregos foram úteis para os parisienses.Chirac se tornou o primeiro presidente da França condenado por um tribunal correcional, e o primeiro a enfrentar um processo desde a Segunda Guerra Mundial, quando Philippe Petain foi condenado por colaboracionismo com os nazistas.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/12/ex-presidente-chirac-e-condenado-por-desvio-de-fundos-na-franca.html

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Você concorda com a absolvição da Deputada Federal Jaqueline Roriz - PMN/DF, (que foi flagrada recebendo propina em 2006)

Você concorda com o Projeto de Lei 531/2011, de autoria do deputado Cristiano Araújo - PTB-DF, que propõe horários determinados para manifestações na Esplanada dos Ministérios?

Como você conheceu o @movFichaLimpa?

Qual critério tem mais peso ao escolher o candidato de sua preferência?

Mais uma polêmica envolvendo ministros. Estamos passando por uma onda de denuncismos, ou limpeza?

Você concorda com a reforma ministerial, e diminuição da quantidade de ministérios? Atualmente são 39 no total. EUA, Reino Unido, Rússia e México têm em média 20 ministérios.