Às vésperas da Marcha contra a Corrupção, marcada para esta quarta-feira
(7/9), em Brasília, o senador Pedro Simon (PSDB-RS) garantiu que o
movimento não vai se perder no tempo, como aconteceu com outras
mobilizações sociais como a dos “caras pintadas”. Em encontro com
integrantes da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), hoje (6/9), no
Rio de Janeiro, o parlamentar explicou que a Frente Suprapartidária
Anticorrupção, criada por nove senadores, organizou uma lista de
projetos prioritários apoiados pela sociedade.
“A diferença é
que, desta vez, vamos trabalhar com fatos concretos, com uma série de
leis importantes para, por exemplo, terminar com a impunidade e a verba
pública de campanha e criar a fidelidade partidária. A sociedade
organizada vai lutar e cobrar a aprovação desses projetos”, disse Simon,
para quem o Legislativo trabalha sob pressão.
“Uma coisa é
deixar o Congresso [Nacional] falar. Outra coisa é o povo na rua se
movimentando. Ficha Limpa passou por que? Foram 1,5 milhão de
assinaturas de populares, num projeto de iniciativa popular e, depois,
mais 4 milhões assinaram em solidariedade”.
O senador gaúcho
considera o fim da impunidade um dos pleitos mais importantes do
movimento. “O Brasil não pode ser o país da impunidade onde só ladrão de
galinha vai para a cadeia. Como em todos os lugares do mundo, corrupção
existe, mas pode ser um grande político, um milionário, que pega
cadeia”, disse.
Ele lembrou que, na Justiça, há a possibilidade
de inúmeros recursos e que isso, algumas vezes, impede a conclusão de um
julgamento. “No Brasil, o cara é processado, é condenado, recorre, são
cinco a seis recursos, leva não sei quantos anos e ele é absolvido
porque o prazo passou e ele não foi condenado em definitivo”.
Segundo
Simon, mais de 20 mil pessoas confirmaram presença na marcha de amanhã.
No mesmo dia, estão agendadas manifestações em Porto Alegre, Cuiabá e
São Paulo. E, no próximo dia 20, no Rio de Janeiro, haverá uma
manifestação envolvendo sociedade e empresários, na Cinelândia, no
centro da capital fluminense.
“Esse é o momento ideal para tentar
combater a corrupção no Brasil. Ao contrário dos governos anteriores,
onde os fatos aconteciam e os governos não faziam nada, a presidenta
Dilma [Rousseff] foi muito objetiva e clara. Demitiu o chefe da Casa
Civil, o ministro do Transporte e está deixando claro que não vai
aceitar corrupção no governo. Esse movimento visa a dar cobertura à
presidente. Não é a favor, nem contra, mas achamos que temos que dar
força.”
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2011/09/06/interna_politica,268666/movimento-anticorrupcao-veio-para-ficar-diz-senador-pedro-simon.shtml
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terça-feira, 6 de setembro de 2011
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