Deputada foi flagrada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM em 2006.
Acreditando na absolvição, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) optou por
participar da própria defesa no processo de cassação que responde por
quebra de decoro parlamentar. Jaqueline vai ler um discurso de 15
páginas, redigido por ela, na tribuna do plenário da Câmara dos
Deputados na tarde desta terça-feira (30), data da sessão marcada para
votar o pedido de cassação de seu mandato.
No discurso, escrito de próprio punho, Jaqueline irá seguir a tese da
defesa: de que ela não pode responder por um processo de quebra de
decoro porque não era deputada quando foi flagrada recebendo dinheiro
das mãos de Durval Barbosa. A deputada também irá relatar sua
experiência pessoal com a acusação: dizendo que foi constrangida, que
adoeceu e foi acusada de fingir estar doente, mas que sempre recebeu o
apoio da família e dos amigos.
Jaqueline manterá o silêncio sobre o mérito da acusação. A deputada nega
qualquer envolvimento no mensalão do DEM, e sugere que o dinheiro
recebido seria usado na campanha, embora nunca tenha confirmado se foi
usado ou não.
O texto do discurso foi digitalizado após ser submetido ao advogado de defesa de Jaqueline no caso, José Eduardo Alckmin.
Na semana passada, na tentativa de salvar seu mandado, a filha do
ex-governador do DF Joaquim Roriz encaminhou aos 512 colegas deputados
um documento intitulado "memorial de defesa". Nele, pede a absolvição
sob o argumento de que ela não pode ser punida por um fato anterior ao
mandato e anexa o parecer de deputado Vilson Covatti (PP-RS), que
recomendou a sua absolvição na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Votação é secreta
A deputada Jaqueline Roriz deve chegar à Câmara dos Deputados na tarde
desta terça-feira por volta das 15h, acompanhada apenas por assessores.
A sessão está marcada para começar às 16h. O relator, deputado Carlos
Sampaio (PSDB-SP), será o primeiro a falar e terá 25 minutos. Em
seguida, o advogado de defesa também terá 25 minutos. Jaqueline Roriz
será a terceira a falar, e terá o mesmo tempo para ler o seu discurso.
Depois dela, a sessão é aberta para a fala dos outros deputados. Após o
término da discussão, começa a votação, que é secreta.
Jaqueline Roriz foi filmada recebendo dinheiro, em 2006, de Durval
Barbosa, delator do esquema que ficou conhecido como mensalão do DEM no
Distrito Federal. Na ocasião, Jaqueline era candidata ao cargo de
deputada distrital, mas o vídeo só foi divulgado em março deste ano. O
marido de Jaqueline, o empresário Manoel Neto, também aparece nas
imagens.
Em junho, o Conselho de Ética da Câmara aprovou, por 11 votos a 3, o
parecer do relator a favor do pedido de cassação do mandato de Jaqueline
apresentado pelo PSOL. Na sessão desta terça-feira, a deputada será
condenada se pelo menos 257 dos 513 deputados votarem pela cassação e
absolvida se o número de favoráveis à cassação for menor do que 257.
Se tiver o mandato cassado, Jaqueline perde os direitos políticos até 2022, caso seja aplicada a Lei da Ficha Limpa.
Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/noticias/jaqueline-roriz-vai-dizer-que-nao-era-deputada-para-se-defender-de-cassacao-20110830.html
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
Jaqueline Roriz vai dizer que não era deputada para se defender de cassação
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