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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Vídeo revela suposto esquema de corrupção por meio de contratos de informática

A principal forma de arrecadação de dinheiro no suposto esquema de corrupção no Executivo e Legislativo do Distrito Federal ocorria por meio dos contratos de informática, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público.
Vídeo gravado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do GDF Durval Barbosa, em 6 de novembro passado, reforça a tese dos investigadores e revela como o governo driblava a licitação para beneficiar empresas teoricamente envolvidas. O dinheiro vinha de adição aos contratos.
Na gravação divulgada nesta sexta-feira (26/2) pelo portal IG, Barbosa conversa com Agenor Damasceno Beserra, apontado como representante de empresas de informática. Eles falam sobre a licitação para prestação de serviço de informática à Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest). Beserra diz que a Sofhar Gestão e Tecnologia, segunda colocada na licitação da Sedest, ganharia a o certame iniciado em 2008.

No diálogo, Beserra diz que havia um acerto de aditivo de contrato no valor de R$ 4 milhões. O dinheiro seria usado supostamente para pagar uma pesquisa com as famílias beneficiadas pelo programa de transferência de renda da Sedest. Ele aponta Fábio Simão, ex-chefe de gabinete do governador afastado e preso, José Roberto Arruda (sem partido), como a pessoa que queria a liberação do contrato e do aditivo. Em 10 de novembro, quatro dias após a gravação do vídeo, a primeira colocada na licitação, a Fundação Israel Pinheiro, foi desclassificada.
Anulação
O processo de licitação discutido no vídeo teve início em 10 de dezembro de 2008. Seis meses depois, a Fundação Israel Pinheiro foi declarada vencedora com uma proposta de R$ 18,5 milhões. Cerca de um mês depois, o ex-secretário de Planejamento do DF Ricardo Penna pediu a anulação do pregão, alegando que tinha parentesco com gestores da Fundação Israel Pinheiro.
A exclusão dela do processo ocorreu em 10 de novembro, depois de Beserra e Durval supostamente acertarem que a segunda colocada levaria a licitação. Em 8 de dezembro, a Sofhar venceu o pregão. Vinte dias depois, foi lavrada a ata que a declarou vencedora da licitação, com uma proposta de R$ 17,8 milhões.
Por meio de nota, a Sofhar nega conhecer Agenor Damasceno Beserra e anuncia que vai interpelá-lo judicialmente "por usar indevidamente, e sem autorização, o nome da empresa". Informa ainda que o contrato entre a Sofhar e a Sedest não foi assinado e que os valores máximos da licitação também estão indefinidos. A empresa informa também que o processo licitatório foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).
Confira vídeo gravado por Durval Barbosa

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Você concorda com a absolvição da Deputada Federal Jaqueline Roriz - PMN/DF, (que foi flagrada recebendo propina em 2006)

Você concorda com o Projeto de Lei 531/2011, de autoria do deputado Cristiano Araújo - PTB-DF, que propõe horários determinados para manifestações na Esplanada dos Ministérios?

Como você conheceu o @movFichaLimpa?

Qual critério tem mais peso ao escolher o candidato de sua preferência?

Mais uma polêmica envolvendo ministros. Estamos passando por uma onda de denuncismos, ou limpeza?

Você concorda com a reforma ministerial, e diminuição da quantidade de ministérios? Atualmente são 39 no total. EUA, Reino Unido, Rússia e México têm em média 20 ministérios.