Ele é acusado de desviar dinheiro público de Marechal Deodoro para Vitória do Xing, no Pará, onde seu filho Liberalino de Almeida Neto é prefeito. Conforme o superintendente Amaro Vieira, o desvio chega a R$ 17 milhões.
O prefeito de Vitória do Xingu também está preso. O filho de Danilo Dâmaso é acusado de mau uso das verbas destinadas à saúde, saneamento, estradas e educação. Além de pai e filho foram detidas oito pessoas, todas com ligação com a prefeitura municipal de Vitória do Xingu. A polícia federal não revelou os nomes das outras pessoas presas.
Sobre Danilo Dâmaso pesam, de acordo com a Polícia Federal, as acusações de formação de quadrilha, falsidade ideológica, estelionato, peculato, lavagem de dinheiro. A pena pode variar de dois a doze anos de detenção.
A família do ex-prefeito mantém vários negócios no Pará. Entre os bens estão fazendas, laticínios e lojas de automóveis.
O golpe – O superintendente da Polícia Federal afirmou que Danilo Dâmaso desviou recursos oriundos de Marechal Deodoro para utilizá-lo em Vitória do Xingu. No município do Pará, o ex-prefeito alagoano criou empresas laranjas e fantasmas para poder movimentar o dinheiro proveniente de recursos federais, estaduais e municipais.
Vitória do Xingu foi criado em 1991 e tem cerca de 13 mil habitantes, aproximadamente 1/3 da população de cidade alagoana de Marechal Deodoro. O município é sede da hidrelétrica de Belo Monte, anunciada pelo governo federal como a terceira maior hidrelétrica do mundo, quando entrar em operação em 2015.
As empresas laranjas ou fantasmas criadas por Danilo Dâmaso “venciam” as licitações feitas pela prefeitura de Vitória do Xingu, cujo gestor municipal é o filho de Damaso, Liberalino de Almeida Neto.
Ainda segundo o superintendente, há indícios de envolvimento do ex-prefeito com trabalho escravo. “Mas esse não é o foco da Polícia Federal neste momento”, acrescentou.
O desvio de dinheiro da prefeitura de Marechal Deodoro foi descoberto durante as operações Guabiru e Carranca, deflagradas pela Polícia Federal alagoana. As investigações acerca da Operação Pandilha foram iniciadas há cerca de um ano.
A ex-vice prefeita de Marechal Deodoro, Daniele Dâmaso, filha de Danilo Dâmaso, esteve na Superintendência da Polícia Federal, mas não quis falar com a imprensa.
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